Imagine a cena: você reúne coragem, respira fundo e solta aquele clássico “E aí, o que você achou do meu trabalho?”
Segundos depois, um silêncio constrangedor se instala. O gestor pigarreia, olha para os lados e responde um genérico “Foi bom, qualquer coisa a gente conversa”. Pronto. Você pediu feedback, mas saiu com um mistério maior que o final da série da Netflix.
O problema? Muita gente encara o pedido de feedback como um pedido de socorro, quando, na verdade, ele deveria ser visto como uma ferramenta de crescimento. O medo da crítica, a falta de preparo para ouvir e a cultura engessada de algumas empresas tornam esse processo uma verdadeira batalha emocional.
Mas calma! Hoje vamos te ensinar como pedir (e receber) feedback sem traumas, de forma leve e estratégica. Bora?
O Drama do Feedback: Por Que é Tão Difícil?
Pedir feedback pode ser tão desconfortável quanto descobrir que você está em um grupo de WhatsApp só para ser cobrado. Algumas razões explicam por que isso acontece:
- Medo do julgamento: a gente quer melhorar, mas e se ouvirmos algo que machuca? Melhor evitar, né? (Errado!)
- Respostas vagas: nada pior do que ouvir um “Tá ótimo, continue assim” sem detalhes. Se não sabemos o que melhorar, como evoluir?
- Cultura corporativa travada: algumas empresas ainda não têm o hábito de dar feedbacks estruturados, o que faz com que tudo vire um looping de conversas sem profundidade.
Agora que sabemos os vilões, vamos às soluções!

Como Pedir Feedback Sem Sofrência
Se você quer um feedback que realmente faça a diferença, aqui estão algumas dicas de ouro:
- Seja específico: em vez de um “O que achou do meu trabalho?”, pergunte “O que eu poderia melhorar na minha comunicação em reuniões?”
- Peça exemplos concretos: um bom feedback vem com exemplos. Se a pessoa disser que algo pode melhorar, peça um exemplo prático para entender melhor.
- Crie um ambiente seguro: se a pessoa sentir que qualquer comentário será mal interpretado, ela vai evitar ser sincera. Mostre que você está aberto ao crescimento.
- Não leve para o lado pessoal: feedback não é ataque! O objetivo é evolução, não destruição emocional. Escute de mente aberta e foque no aprendizado.
- Mostre que está agindo: recebeu um feedback? Coloque em prática e, depois de um tempo, peça uma nova avaliação. Isso mostra maturidade e vontade de crescer.
Agora, se você é do time que precisa dar feedback, aqui vai um bônus!
Como Dar Feedback Sem Traumatizar Alguém
- Seja claro e direto: nada de rodeios ou frases vagas. Vá direto ao ponto, com respeito e empatia.
- Use a técnica do sanduíche: comece com um ponto positivo, traga o que pode melhorar e finalize com um incentivo. Assim, a pessoa sai motivada e não devastada.
- Ofereça apoio: dizer que algo precisa melhorar sem sugerir um caminho é frustrante. Dê sugestões práticas para ajudar.
Livros Para Virar Um Mestre do Feedback
Se você quer se aprofundar no assunto e transformar feedback em uma ferramenta poderosa, aqui estão dois livros essenciais:
- “O Jeito Harvard de Ser Feliz” – Shawn Achor: esse livro ensina como a mentalidade positiva pode influenciar o crescimento profissional, e como feedbacks construtivos ajudam no desempenho e felicidade no trabalho.
- “Comunicação Não-Violenta” – Marshall Rosenberg: um clássico para aprender a se expressar de forma clara e empática. Ideal para quem quer dar e receber feedback sem virar uma novela dramática.
Da próxima vez que você for pedir feedback, vai ser um momento de aprendizado ou mais um episódio de “Fuja Enquanto Pode”? Como sua empresa pode melhorar essa cultura? Pense nisso e comece a criar um ambiente onde feedbacks sejam vistos como degraus para o crescimento – e não como armadilhas emocionais.